quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Céu de Baunilha

6:45 piscando, junto com um alarme extremamente irritante. Então eu acordei. Peguei minha passagem e poucas roupas e coloquei na mala.

"Nenhuma bagagem de mão, senhor", e realmente não tinha nada pra levar quando o rapaz do check-in perguntou pra mim. As únicas coisas que levava naquela viagem era um coração partido e uma vontade de ir embora concretizada. Um tocador de mp3 com John Mayer em 2 horas de viagem era mais do que suficiente para eu ter uma boa distração. Nada que Battle Studies não curasse.

Andando por aquele corredor estreito que dá até a plataforma, avistei uma mulher. Parecia ter vinte e poucos, não mais que 1,70 de altura, era morena de cabelos grandes, usava um vestido preto e tinha um sorriso arbitrário. Ela podia conseguir duas passagens pra lua e um ano de compras grátis na Calvin Klein se apenas chegasse na loja e dissesse "olá, bom dia!", com uma arcada dentária daquelas. Foi o que entendi dela antes de analisá-la melhor.

Entrando no avião confiro os assentos e advinha? Se você está pensando que a moça de sorriso escravizador sentou do meu lado, pensou errado. Ela sentou no corredor, eu sentei na janela. Parecia que ela tinha medo de voar, ou algo do tipo. Achei estranho, mas prossegui com o she is an assassin and she have a job to do tocando em meus ouvidos. E não era difícil de se distrair propositalmente, graças ao casal de chineses que tinha sentado ao meu lado. Pareciam ser completamente infelizes, ao menos essa era a impressão que deixavam, brigando 8 horas seguidas com pontapés e tiros de bazuca num voo que de 2 horas. No intervalo da luta pensei em fazer Kung-fu.

Mas me pego pensando naquela senhorita, a morena. Eu vi nela algo que vi em mim, a algum tempo atrás. Nunca fui de afeições muito belas, nem de sorriso escravizador, mas incrivelmente, sempre deixava uma boa impressão a meu respeito, em todos os lugares que ia. Não era de se orgulhar disso, é essencial que uma pessoa tenha dois lados. Não duas caras, dois lados. Ninguém pode ser perfeito o tempo todo. E eu era profissional nesse erro.

Observando ela durante a viagem, pude presumir que ela era desse tipo. Digo, não conhecia a personalidade dela, mas poderia dizer com certeza que onde quer que ela fosse, seria bem recebida. Claro que eu não estou falando de uma daquelas reuniões de loiras estilo Barbie-Malibu, mas vocês devem ter entendido.

"Caramba, não coloquei o aparelho pra carregar" foi o que consegui pensar quando a música parou de tocar nos meus ouvidos, quando consequentemente peguei ele do bolso e tive certeza que minha teoria sobre conspirações mp3-záticas estavam certas. Claro que fiquei muito mais assustado quando olhei pro lado e vi que o casal de olhos-puxados tinha sumido, a morena estava sentada na poltrona a minha esquerda, e estava olhando fixamente para mim, sem piscar. Detalhes.

"Olá Bruno" foi o que ela disse quando tirei o fone dos ouvidos, e a sua voz era suave, mas era também forte, daquelas que te convencem mesmo antes de ter algo pra convencer, sabe? A não ser que ela pudesse saltar 3 metros numa fração de segundos, alguma coisa ali estava muito, muito errada. Mas ela quebrou totalmente minha linha de pensamentos quando continuou aquele monólogo sensacional sobre minha vida, sem ao menos eu conhecê-la, e com aquela voz de julgamento.

-Quem você pensa que é? - Ela disse pra mim, e continuou - Você pode sair desse lugar, pode desistir de tudo, mas ainda sim, este lugar e essas pessoas estarão para sempre com você, e não dá pra fugir disso.

Fiquei alarmado, óbvio. Agora eu sabia definitivamente que tinha algo errado. Era certeza. Mas retruquei com um sotaque baiano perfeito e cara de quem não sabe de nada.

-De que você está falando senhorita? Acho que está me confundindo com alguém, - não bastava ela saber meu nome e o que estava fazendo, agora ela sabia que eu era um completo idiota, e continuei - me desculpe, vou me sentar em outro lugar.

Isso foi o que ouvi antes do "cala a merda da boca e apenas escute" mais bonito e bem dado que escutei em toda minha vida.

- Não há como fugir Bruno. Você sabe que não. Sabe que quando chegar em seu destino, vai sentir um pedaço de você ficando pra trás. E quando se adaptar, vai cometer os mesmos erros, acertar os mesmos acertos, e quando se der por conta vai querer fugir novamente. - essa foi a hora em que pensei que fugir pra sempre seria perfeito, mas ela prosseguiu com seu discurso magnífico - não preciso dizer que seu coração vai se quebrar novamente, certo?

Não sou um cara sensível. Não pense que esse argumento foi algo do tipo "novela mexicana" e me atingiu. Por outro lado, sou calculista e sempre penso em todas as probabilidades. Olhando pelo ponto de vista da morena que gostava de discursar para pessoas completamente estranhas, percebi que ela estava certa. E o falatório continuou, afinal, ela é mulher ora bolas. Estão sempre certas, e sempre falam demais. Ela suspirou mais uma vez antes de falar algo.

- Eu sei que você me entende, por que eu entendo você... e me desculpe a falta de modos! Meu nome é Bruno, muito prazer.

Eu definitivamente tinha ingerido drogas sem saber.

Ferrou tudo. Ou ela era o terrível "homem que parecia mulher mais bonito que já vi em toda minha vida", ou ela era eu. Tinha que ser a segunda alternativa. Eu esperava que fosse.

Quando ela disse isso, fiquei paralisado, óbvio. Percebi que ela vestia as mesmas roupas que eu. Uma camisa social xadreza, uma calça jeans e tênis (claro que ela vestia esse modelito na versão feminina), e qual era a chance de ela ter trocado de roupa durante aquele salto estilo Usain Bolt que deu mais cedo? Agora tudo fazia sentido em não fazer sentido nenhum.

Mas o que me deu certeza dessa teoria maluca mesmo, era o fato de ter olhado pra janela do avião, e constatar que tínhamos feito baliza em um-lugar-qualquer-no-meio-do-céu-de-baunilha.

Caramba, eu sentia saudade mesmo daquele casal de chineses que estavam do meu lado. Nessa hora iria pra China fácil estudar Kung-fu.

Não sei se foi a voz dela, o fato de estar no maior pesadelo do mundo, ou qualquer um dos fatos que não citei aqui, mas eu estava convencido de que ela estava certa, e eu não deveria fugir de meus problemas. Deveria encará-los, afinal, se me mudasse, os encontraria da mesma forma, só que em um lugar novo.

E foi ai que ela me perguntou a parte essencial:

- Sabendo disso, sabendo que estou certa, e que sou parte de você, qual é sua escolha? Vamos fugir desse lugar mesmo? Você vai fugir de tudo sem ao menos tentar resolver seus problemas? Eu sinceramente esperava mais de você Bruno! Enfim. Meus argumentos já estão bem claros. Não preciso mais discursar - e levantou sensacionalmente da cadeira, sem fazer mais ruído do que um casal de formigas faz quando discute sobre contas de água - mas agora é com você. Decida-se o quanto antes. Não sou nada paciente.

Daí o celular dela tocou. Uma música muito familiar.

6:45 piscando, junto com um alarme extremamente irritante. Então eu acordei.

T. Rodrigues

sábado, 25 de dezembro de 2010

Lágrimas de Guerra

A distância não auxiliava em nada. Ele tinha nas mãos uma pistola automática com poucas balas e um fuzil que pesava nas costas. A menos de vinte metros havia cerca de cinco deles, bem armados, mais descansados que ele e com a intenção de deixar o corpo dele em forma de um quebra-cabeça de mil peças. Não havia um golpe de esperança em sua mente, e foi ai que ele pensou em como seria se entregar pra morte de uma vez.

Ele se esquiva sentido sudoeste, e se esconde em volta de um bloco grande de pedra. Afinal, na defensiva ele tinha vantagem estratégica, e nessa hora era a única coisa que ele tinha. Enquanto tirava a trava da pistola, pensava em como veio parar ali. Em como as coisas tinham mudado de alguns anos para cá, e como aquela vida perfeita tinha chegado a esse fim. Era o pensamento que maioria das pessoas teriam se estivessem na mesma situação. Não bastava o fato de ser jovem, e ter (teoricamente) uma vida pela frente. Era apenas o fato de perder tudo o que ele já possuía. A mulher que deixara pra trás, a mãe que o amava. Aquele pai que muitos reclamariam, mas que amava a ele incondicionalmente, e que ele tinha orgulho de ter. Irmã e sobrinha, aquela linda garotinha que tinha um sorriso lindo e falava "titio" de um jeito simplesmente perfeito.

Ele deixava tudo para trás. Após anos de vida passarem pelos seus olhos em dez segundos, ele se vira e descarrega o penúltimo pente da pistola em dois de seus oponentes, e eles caem no chão, mortos. No momento em que volta a sua posição tática é almejado por um deles, bem no centro da coxa direita, e ele percebe que atingiu um deles gravemente. Sobram dois inimigos, sete balas, e pouco, muito pouco sangue.

Ele enfaixa a perna direita com o resto de sua farda, ou o que sobrou dela. Vê que sua posição não duraria muito tempo, e que ele precisaria de uma carta na manga, se quisesse sair vivo dali. Ter almejado três, e matado dois daquele grupo pequeno, deu a ele uma nova esperança.

A destrava da pistola de mão fazia um barulho bem comum a seus ouvidos. Ele já estava acostumado aquilo. Em cerca de milésimos de segundo ele respira e dá a volta na pedra. Em uma evasiva digna de um velocista profissional, ele desvia dos dois primeiros tiros, vindos dos dois que restavam em pé naquele vale. Ele descarrega a pistola na direção inimiga, e acerta os dois alvos com sucesso.

Aquele ar de vitória entrou no pulmão dele assim que viu o alvo caído. A adrenalina fazia efeito analgésico, e pra ele, a perna direita mal incomodava. Ele nem a sentia pra ser sincero. Ele pensava naqueles amores deixados em casa, num lugar não muito distante dali. Pensava no fato de ter entrado para o exército, e enchia sua bússola moral com mil razões para se convencer de que arriscar sua vida em atos assim era por patriotismo, e amor pelos que o amavam.

Foi quando ele percebeu que tinha sido alvejado pela segunda vez, na altura da costela esquerda, abaixo do peito.

O clarão durou pouco. O sangue invadia seu pulmão como uma cachoeira indo de encontro a um lago qualquer, colocando a razão entre força e calmaria. Ele caiu no chão sem sentir absolutamente nada. Não poderia se examinar para saber se era fatal o dano, apenas sabia que não sairia daquele chão, por um bom tempo, e com certeza não sairia sem auxílio médico.

Sussurrou um "eu amo vocês" baixinho, e orou para que os céus ouvissem e repassassem a mensagem para aqueles que amava, e entregava-se aos poucos ao fim.

Nada, em nenhum lugar, pode vencer aquele amor silencioso, que gritava em voz baixa, e se entregava ao vento por meio de lágrimas.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Num Natal Qualquer.

Era natal e as luzes brilhavam na praça. Papai Noel dava cambalhotas, pulava de pára-quedas e cantava músicas de rock. Era natal afinal de contas, e a magia estava no ar da Savassi. Dezembro resolveu dar sua carta de verão logo de início, e isso tinha trago uma chuva limpa aos céus bem no meio do mês. Resolvi ver as luzes, andar pela praça. Contemplar estátuas de pessoas demasiadamente importantes de mais pra ninguém saber quem são ou o que fizeram: era o programa perfeito. Afinal, a praça da liberdade é grande de mais para apreciar rápido de mais.

Ao término da primeira volta, percebo que a praça era suficientemente bonita ao ponto de não precisar de mais um para descrevê-la. Então, decido ir embora. Dou meia volta, sentido Centro, e ando bem no centro da rua que corta a praça ao meio. Em dias (ou noites) limpos e com tráfego de pessoas mediano, você se sente num palácio particular, e esse era o meu momento.

E foi ai que eu a vi.

Não vou dizer que a praça parou no tempo, que todos respiraram fundo e que Golias caiu em coma com a pedrada de Davi, por que isso não aconteceu. Apenas, a vi. Cabelos soltos e 15 anos feitos, era um dia comum, em um natal qualquer.

(dois dias depois)

"Olá, acho que te conheço de algum lugar. Acho que te vi em algum lugar. Prazer, meu nome é Thiago."

Num natal qualquer, numa praça qualquer.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sou Um Amigo.

Ela me perguntava "por que você está fazendo isso", eu sinceramente não sabia explicar. Tudo o que eu sabia é que ela era boa de mais, certa de mais para acabar com um cara como eu. Nada do que eu fizesse, ou mudasse, tornaria esse fato menos real e foi ai que começou o erro.

Ela era tudo pra mim, eu sabia. Via o sol da manhã cinza no rosto dela e isso me consolava. Nós falávamos sobre crepúsculos e selos de carta, sobre o luar e sobre como filmes da sessão da tarde são ruins. Tínhamos nosso próprio tempo. Deixávamos as luzes acessas. Mas no fundo eu sabia que não duraria muito. Poderia ser um dia, um mês, ou exatamente um ano. Ela olharia para o lado esquerdo da cama e veria um alguém totalmente diferente, totalmente estranho, e totalmente fora de seu mundo.

Ela dizia "não, isso é mentira", dizia também, "pare de se crucificar tanto assim, você não é tão ruim" e eu chorava por dentro. Não que ela estivesse errada, e nem certa, porém sabia que eu era um erro. Me apaixonei facilmente por alguém que merecia mais. Quebrei a regra principal em matéria de corações: despertei o amor em outra pessoa que merecia muito mais que um rosto bonito. Ou talvez nem isso.

Ela poderia mudar o mundo com uma canção. Ela fazia músicas sobre inquilinos e via o mundo em uma escala de dó maior. Ela grifava livros e falava em sapos. Ela era tudo pra mim. Sempre foi.

Não sei se me apaixonei errado, por que sinceramente queria ter minha vez de ser feliz. Devo ter despertado isso em uma hora errada, ou talvez não tenha hora certa pra mim. Parece bobagem, mas faz muito sentido. No mundo há pessoas que amam pessoas que amam. Essas pessoas não usam o produto, só ficam felizes por ver alguém que sabe usar. E que tem mais sorte.

"A linha do horizonte me distrai, dos nossos planos é que tenho mais saudade" canto em um violão antigo sentimentos novos.

Sou um amigo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Canção da Mudança, traduzida em palavras.

(Antes de tudo tenho um pedido!)

Esse post é de um conteúdo altamente sensitivo, e o autor (apesar de nunca pedir, e sempre entregar) dessa vez pede gentilmente que você, que está lendo agora, escute a música "This Boy", cantada pelo sensacional James Morrison. A música se encaixa com o conteúdo, e você vai absorver muito mais se estiver ouvindo apenas.

Dito isso, espero que goste do que vai ler a seguir. Pode mudar você.


A Canção da Mudança, traduzida em palavras


É exatamente o que quero dizer. A mudança canta as vezes, e sua sonoridade é das mais limpas que você pode um dia escutar. É uma música que toca sem querer ser tocada, em que o vento é o instrumento e o músico é você. Sim, o músico que toca a canção da mudança é você. O senhor de suas idéias e dono de seu próprio destino, é apenas você.

O que quero dizer é que minha vida mudou. Eu sei que esse mundo é novo e maravilhoso, mas eu só não consigo enxergar ele agora. Um dia, quem sabe? Vai da minha vontade em assisti-lo. Os sonhos vêm e vão, com uma velocidade alucinante. Ontem você era uma criança, hoje você talvez seja um adolescente, quem sabe um adulto, e amanhã talvez você se torne uma memória. As coisas vêm e vão, essa é a lei da vida. E o lindo é tentar convencer alguém que o mundo gira sem se mover.

Eu era um garoto que gostava de brincar na hora de ir embora. Gostava de ser perfeccionista até as bordas, e gostava de sonhar ao luar. A lua me conduzia aqueles contos, não de fadas, mas em que eu era sempre o protagonista e o final feliz era uma presença confirmada no fim da história. Por que não? Afinal o sonhador sou eu.

Mas os tempos vão e um dia cantei a canção. Um dia tive que deixar isso para trás com braços abertos, não para deixar um adeus a brisa, mas para apenas sentir os acordes que o vento soava em meu coração a medida que cantava essa música linda. É tempo de deixar isso para trás. Minha vida não mais se faz um conto, e nem uma história. É apenas um verso contínuo de poesia que gosto de chamar de "A Canção Da Mudança".

Mas e agora, pra onde o vento vai me levar? Não faço a mínima idéia! Por muitas vezes quis prever meu futuro, traçar rotas, ver meus remetentes e assim me basear em destinatários. Mas não é bem assim que a mudança funciona. Ela vem sorrateira por detrás dos medos, sobe em seu orgulho e pula o muro da sua vaidade. E então ela te abate. Não de uma forma severa, ela é delicada, e última coisa que ela faz é deixar pistas de sua presença. Você só tem certeza da mudança quando ela já o visitou e foi embora. Acontece, apenas.

Algumas pessoas dormem fácil outras tem insônia. Algumas apenas deixam suas vidas à maré para serem achadas na margem. Elas não se preocupam com a quantidade de ondas que as acertaram até que cheguem em um ponto seguro. Outras, apenas se preocupam de mais. Eu me preocupo agora. Não perdi a capacidade de sonhar por conta disso, a questão é que mudei. Quem sabe se pra melhor, ou pior, não gosto de pensar por essa linha de raciocínio. Apenas, mudei.

Quem sabe a canção não tocou pra você? Talvez se você olhar agora pra sua vaidade e seu medo, você não possa flagrá-la na ponta dos pés? Te mudando e moldando tão delicada como uma bailarina, e tão arrasadora quanto um furacão. Deixe que ela tome sua vida por completo, quem sabe o que pode acontecer? Você não está disposto a prejuízos? E benefícios? Deixe ser mudado enquanto a mudança está disposta a ser tocada por você. Entre na sinfonia e escute o vento, pode ser o melhor a se fazer.

Eu? Eu deixo essa última dança pra vocês. Espero que vocês entendam o sentido dela. E espero sinceramente que vocês, meus caros amigos leitores, sejam bons músicos. É isso que desejo pra vocês. Uma vida cheia de canções da mudança.

Eu sigo cantando a minha daqui.

Rodrigues

quinta-feira, 22 de julho de 2010

This is war.

Coisas inesperadas tem acontecido comigo. Coisas do tipo que eu não conseguiria imaginar, a um mês atrás.

Uma delas é que eu tenho grandes chances de servir ao exército.

A outra, é que eu não sei se quero ou não.

O que mais me surpreende, é o fato de "querer".

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Things that people say.

Olá gente ! Quanto tempo não escrevo aqui.

Estava bastante ocupado, confesso. Estou trabalhando arduamente, e tem tempos que não paro pra pensar e escrever um pouco (não necessariamente nessa ordem). Meus dias tem passado tão rápido, mas tão rápido que eu não tenho percebido mais a velocidade de tudo.

O vento sempre sopra contra o rosto. Essa é a parte que você sente. Quem te empurra pra frente é Deus.

Tenho sido exageradamente empurrado esses dias. Um desanimo dos meus velhos tempos sempre vem me assombrar, o que me faz lembrar muito da "Grande tristeza" citada em A Cabana. Pareçe que essa parte foi escrita tomando como exemplo minha vida. É estranho isso.

Ela ainda não foi embora, fato. Mas eu tento espantá-la da melhor forma possível.

O nome desse post foi inspirado na música "Things that People Say" da banda norte-americana Lady Antebellum.

A letra é bem legal, se vocês puderem, confiram. É ótima pra pensar.

Bom, estou pensando em colocar uma sinopse do meu novo projeto em breve aqui no blog. Espero que vocês gostem.

Sonhem alto, continuem voando.

Rodrigues.

sábado, 29 de maio de 2010

Fireflies

Olá povo do meu Brasil, e afins :]

Hoje eu estou mais feliz que o usual. Pra falar verdade, ultimamente eu estou muito mais feliz que o usual. Estou aprendendo a confiar mais em Deus, e saber que tudo acontece com um propósito, e que também, as vezes, "o que é pra ser, é".

Tenho algumas boas notícias para dar (algumas eu irei omitir, por sinal), mas a razão, ou "as razões" de eu estar tão feliz ultimamente são simples. Meu coração volta a bater mais rapidamente, depois de 4 anos paradinho no mesmo lugar. Para os que entenderam fica a deixa.

E a maior das notícias, que felizmente posso revelar aqui, é que eu entrei em outro projeto !

Estou escrevendo meu segundo romance, por enquanto ele anda muito bem. Estou fazendo totalmente ao contrário do que fiz na Canção da Mudança, não escolhi nome para ele ainda, só estou escrevendo e escrevendo mais ainda.

Estou curtindo de mais essa nova "vibe" que me ronda. Não me lembrava de uma época em minha vida em que as coisas pareciam tão certas. Isso é um motivo de muita alegria para mim.

Vamos as dicas, que eu sempre deixo aqui:

A primeira é literária. Indico pra todos, sem exceção, dois romances.

Um é "O Pequeno Príncipe", do maravilhoso Antonie de Saint-Exupéry. Esse livro simplesmente quebra todas as barreiras da literatura, por que não tem público alvo. Ele serve pra todas as idades e tamanhos, é sempre tudo e um pouco mais do que você espera em um livro. Simplesmente magnífico.

O outro livro a ser lido, eu indico para todos também, mas eu diria que indico "especialmente" para aqueles que vêem Deus como um ser todo-poderoso que está no céu, que não está presente e sempre é injusto. Recomendo: "A Cabana", de William P. Young. É uma lição histórica, arriscaria dizer: até para os céticos.

A segunda é dica de música, óbvio.
Indico: John Legend e Mat Kearney.
Escutem quanto mais músicas melhor, desses dois.

Mando mais notícias em breve, espero.

Rodrigues.

terça-feira, 18 de maio de 2010

I Never Told You.

Sabe aquela perguntinha básica, mas medonha de sites de relacionamento? Aquela pergunta que filósofos do mundo inteiro e de todas as gerações, lutam pra descobrir, e esses sites "apenas" te perguntam qual é sua resposta: "Quem sou eu?". Nem Platão, nem Sócrates, nem Aristóteles decifraram, eu consigo?

Bom, a resposta é não; mas disso você já sabia.
Mas, o que me impede de tentar? Nada. Então, aqui vai minha tentativa, falha, mas ao menos sincera.

Quem sou eu, por Thiago Rodrigues:

Eu? Eu sou o âmago dos meu desejos, sou a canção que minha alma fez por si própria. Sou a imagem da essência do filho do homem, sou mais do que os olhos podem ver. Sou espírito, alma e carne. Sou aquilo que eu posso ser, e que eu acredito ser melhor pra mim. Não com meus padrões, por que por si próprio não sei nem o que é bom, nem o que é mal, sigo os padrões daqueles que sabem que padrões não servem de nada. Sou aquele que ama mais que a mim mesmo, e sei que no final quem ama mais é o mais prejudicado. Sei que as leis dos homens são falhas, e que submissão não significa obediência, mas que as vezes um pouco de sabedoria sempre é necessária, e isso geralmente significa "todo o tempo". Não conto com a sorte, deixei de acreditar nela a muito tempo. A "sorte", em sua etmologia original, significa "alegria". Nessa sorte eu acredito, por que amor é alegria.
E Deus é amor.
É vida.
E a falta dele gera morte.

Duas coisas eu tenho a lhe aconselhar:
1. Acredite, pois essa é a verdade.
2. Viva.

Eu nunca contei com isso, começo agora.
Passe adiante.

arriverdeci amici.'

p.s.: Só pra avisar, todos os nomes dos meus posts são nomes de músicas, ok ?
Escutem, por que são ótimas.

Rodrigues.

sábado, 15 de maio de 2010

This Time.

Esses dias eu estava pensando em como minha vida chegou ao ponto que está. Um período de mudanças constante (que agora não são tão constantes assim), apaziguou meu coração cansado. Nem sempre tive motivos pra tentar mais uma vez, quando todas as cartas levam a um fim de partida em comum. Mas dessa vez, parece que o destino reservou suas próprias cartas.

A mercê do tempo e da vida, cada dia por sua vez, é o modo como tenho vivido. Quantas vezes eu pensei: "esse é o maior mal que já me aconteceu", "essa dor nunca passará" ou então algo bem comum de se dizer, "eu te amo pra sempre".

O "pra sempre" fica tão curto quando o tempo passa devagar. Tão vago, tão incerto. Quando sua vida chega em um denominador comum, você começa a repensar em quanto tempo você andou pela estrada, em quão cansados estão seus pés, e quanto você consegue caminhar ainda.

Ao ponto que está, eu não sei mais o que dizer. "Depois de tanto caminhar, quase desistir, os mesmos pés cansados voltam pra você." Parece que se não é a paixão, os motivos se esvaziam.

Minha vida agora chega a um ponto em que se não for a paixão, o que será de mim ?

Dessa vez eu quero tudo, pretendo ser um eu completo.

T.Rodrigues.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

The Last Goodbye.

Pense em uma carta, desse tipo:

"Eu te escolhi.

Eu te amei; mas nunca acreditei em você. Sempre quis ter o motivo que me revelasse, é você. Mas ele nunca veio. Foi como esperar que o inverno viesse mais quente que o verão. Você pode viver no seu mundo de mentiras, sozinha, mas eu não convivo com elas. Não preciso de uma razão pra fugir agora, considere isso meu último adeus.

Eu corri em círculos, num lugar sem saída. Eu ergui todos os muros do meu coração, e os assisti cair, de camarote. Você encurtou todo espaço que tinha em meu coração, e viu tudo se acabando lentamente.

O que eu não consigo explicar, não sei por que não foi suficiente pra você, por que eu te entreguei tudo.

É tempo de rendição, a muito tempo vem se fingindo. Não há razão pra tentar, quando as peças não se encaixam mais.


Eu agora sigo meu caminho, sozinho. Eu não preciso dizer mais nada, não mais do que disse antes.

Esse é, meu último adeus."

Agora pense, é tão difícil assim, dizer adeus ?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Undeniable.'

O que pra você é inegável ?
O que você tem, na sua vida, que pode se dizer que é pra sempre? Tem algo em seu redor que você queria, e apostaria que é um lugar a não ser ocupado nunca mais?
Pense agora, tudo o que você tem, é seu?
Inegável: Que se não pode negar; claro, evidente.
Claro e evidente. Eu por exemplo, além de Deus, e do amor de meus pais, não vejo nada na minha vida claro e evidente. Não há nada agora, que eu tenha certeza que é pra sempre. Não há votos a serem seguidos, não há músicas que serão tocadas, não a caminhos que pra sempre serão trilhados. Não há amigos que levarei com toda certeza (alguns talvez, mas o amanhã é incerto), não há nada além do vazio.
Pense agora, há algum motivo pra você, de se declarar "para sempre"?
Inegável, claro e evidente.
p.s.: Escutem: Mat Kearney - Undeniable.
Beijos :]

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Square One.

Tecnicamente esse post não se refere a mim, mas sim a uma indicação minha, sobre alguém. Todo mundo já ouviu falar de Shakespeare, mas eu aconselho saber um pouco mais, pesquisar.

Aqui, uma dica de poema dele, que eu acho simplesmente perfeito.

"Eu aprendi...que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
Eu aprendi...que o amor, e não o tempo, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;
Eu aprendi...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
(Boa noite , Amor )" by William Shakespeare.


Leia mais sobre ele, será um tempo definitivamente "não-perdido".
Um abraço leitores.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Boring Brick.

Queria começar esse post com um IMENSO pedido de desculpas, pra quem acompanha esse blog, e não tem visto postagens minhas a dois meses. Mas eu não queria postar nada que eu não tivesse pensado com o coração antes da minha cabeça. As minhas coisas saem melhor assim.

Mas o verdadeiro motivo desse post é falar sobre mulheres. Estranho né ?

Pois é. Um dia desses eu estava vendo um filme em casa, estranhamente idiota por sinal, mas ao menos uma cena dele valeu a pena. A hora em que o personagem discute com o outro, falando sobre mulheres. A questão é que um pensava que mulheres só pensavam em sexo, e o outro não. Fez todo um discurso sobre o que as mulheres querem.

Bom, eu não tenho certeza, mas vou falar o que EU acho que as mulheres pensam, e querem.

Mulheres querem que você se importe, que ligue no outro dia. Que você esteja lá por elas, mesmo que não seja pessoalmente. Elas querem atenção. Querem homens que sejam sensíveis, mas sem perder sua masculinidade. Elas querem que você se importe. Querem que você faça elas se sentirem únicas, mas elas sabem que não são, e essa é a graça. Graça que não meço com risadas, mas no sentido de 'felicidade' e 'gratidão'.

Elas querem se sentir "encontradas". Você já se sentiu assim ? É maravilhoso. Elas querem que você não se dedique mais a elas do que as outras coisas, mas de uma maneira especial ao menos. Elas querem que você se importe.

A questão é que mesmo sabendo quase tudo o que as mulheres querem, não é o suficiente. Eu sei disso.

Não quero me explicar de mais, só quero que você que está lendo pense sobre isso.

Seja único pra alguém, hoje. Se importe.

(Minha dica de música, é da banda 'Jet', e a música se chama "Look What you've Done")

Até mais ver.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dare you to believe.

Esses dias eu estava pensando na relação de amar/ser amado. Mas do fundo do meu coração, que eu não acredito mais nessa conversa. Você sempre acha um defeito na pessoa que faz aquela fração ficar desigual. No fim, o resultado diz que você ama mais do que é amado.

Todo mundo que me conhece sabe meu amor pela música. O que me faz pensar desesperadamente em: Por quê eu amo a música desse jeito? Não sei explicar o por que disso. E levando em conta a matéria do amor, eu fico pensando se eu realmente amo sinceramente a música, ou me escondo atrás dela.

Forte de se aceitar não é?

A questão é o que no meu caso, é a música. Pra você que está lendo, pode ser várias coisas diferentes. Tem gente que arruma um namorado pra se esconder atrás da mágoa que o último deixou. Tem gente que é cheia de amigos na escola, na igreja, mas dentro de casa, é a pessoa mais ignorante possível. O que te faz cavar um buraco pra se esconder?

A noite só chega pra dizer que um novo sol está pronto pra nascer. Se você ousa acreditar na vida, você tem de perceber que não há tempo pra conversas. Ou apenas espere que a inocência morra por si só. Se nós não nos acreditarmos, vamos perder tudo vendo as mentiras de nós mesmos nos dominar. E sempre tem aquela pessoa que pode te fazer acreditar, mesmo que ela caia. Se acreditarmos em todas as mentiras, perderemos tudo.

Você sabe onde seu amor está? Você acredita que pode encontrá-lo?

Te desafio a acreditar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

If today was your last day.

Algumas coisas me levaram a pensar sobre o fim dos tempos. Todo mundo sempre escuta mil lendas e mitos sobre o fim do mundo, sobre os tempos finais, e essas coisas. Muito do que você escuta é lenda, outra parte é verdade. Mas o que adianta ouvir sobre o fim dos tempos, se acontecer algo a você antes ? Pense comigo, quando seu "fim" chegar, será o fim de tudo, pra você.

Do que adianta o resto? E se o mundo acabe mesmo em 2012, e você não chegar lá? É algo que me faz pensar profundamente em como vivemos. O que interessa não é o tempo que você gastou, e sim o tempo que você ainda tem pela frente. Nunca é tarde pra mudar, mas isso não quer dizer que você pode esperar pra sempre.

Fiz uma pergunta do tipo pra um amigo meu, perguntei a ele o que ele faria se tivesse dois anos pela frente. Ele me respondeu assim: " - Seria muito crente, quero ir pro céu. "

Até que ponto as pessoas são tão hipócritas ao ponto de achar que o nosso Deus é perdoador o suficiente pra que você tenha uma vida de pecados, e no fim de tudo, peça perdão, e tudo ficará bem?

Sua vida é um diário que é escrito por você. A diferença é que não temos a borracha necessária para alguns erros de gramática. Todos temos defeitos, erros e acertos. Se a fração de coisas boas/coisas ruins que você fez, pendem mais ao lado das "ruins", quer dizer que você precisa de mudança meu amigo. Mudança, é necessária em todos os sentidos, nada é bom o suficiente que não possa ser melhorado.

Pense nisso.

p.s.: E uma boa notícia ! Meu myspace tá bombando ! hahahhaha
Tem mais de 550 play's !
Feliz de mais, tocando feito louco nesse verão maravilhoso !

E por último, minha dica de música do dia: The Academy is - Everything we had.

Obrigado a todos que lêem meu blog ! Abraços e beijos =)