quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Num Natal Qualquer.

Era natal e as luzes brilhavam na praça. Papai Noel dava cambalhotas, pulava de pára-quedas e cantava músicas de rock. Era natal afinal de contas, e a magia estava no ar da Savassi. Dezembro resolveu dar sua carta de verão logo de início, e isso tinha trago uma chuva limpa aos céus bem no meio do mês. Resolvi ver as luzes, andar pela praça. Contemplar estátuas de pessoas demasiadamente importantes de mais pra ninguém saber quem são ou o que fizeram: era o programa perfeito. Afinal, a praça da liberdade é grande de mais para apreciar rápido de mais.

Ao término da primeira volta, percebo que a praça era suficientemente bonita ao ponto de não precisar de mais um para descrevê-la. Então, decido ir embora. Dou meia volta, sentido Centro, e ando bem no centro da rua que corta a praça ao meio. Em dias (ou noites) limpos e com tráfego de pessoas mediano, você se sente num palácio particular, e esse era o meu momento.

E foi ai que eu a vi.

Não vou dizer que a praça parou no tempo, que todos respiraram fundo e que Golias caiu em coma com a pedrada de Davi, por que isso não aconteceu. Apenas, a vi. Cabelos soltos e 15 anos feitos, era um dia comum, em um natal qualquer.

(dois dias depois)

"Olá, acho que te conheço de algum lugar. Acho que te vi em algum lugar. Prazer, meu nome é Thiago."

Num natal qualquer, numa praça qualquer.

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