quinta-feira, 5 de maio de 2011

Poesia do Ingrato

Por que Deus, me privaste dos desejos?
eu sei que falho, retrocedo
e quando eu menos penso, percebo
que as perdas são mais nada que frutos dos meus erros!

ah! Que sensação triste essa de perder!
Pois na hora ingrata, aquela que antecede o amor
o que me atinge além da sensação de dor
é de saber que perdi algo que não pude conter

Ah Minha fúria! Que ousa calar a astúcia
aquela que finge o tremor, que assiste a culpa
Arrebata-me por dentro, limpa e inunda
quando penso que sei, é o saber que nada muda!

E agora, olho para trás, vendo que perdida estás de mim
e mesmo que apenas queira em teus braços cair
agora que vejo, percebo que nada senti

Quase anos de desejo, achaste alguém a quem contar
teu silêncio e tuas mágoas, todas juntas a farfalhar
sinto que sou inútil agora em poetizar
com discursos, poesias e versos, nada irá mudar

Agora estás a meio passo do paraíso
e até lá os anjos lhe pedem o gosto, o sorriso
tal qual fez meu mundo parar
e na menina de seus olhos me fez cativo

E que esses versos destaquem minha ingratidão
por que mesmo privado dos meus desejos
sinto que com todo esse desapego
posso então pensar que mereço minha redenção.

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