quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Canção da Mudança, traduzida em palavras.

(Antes de tudo tenho um pedido!)

Esse post é de um conteúdo altamente sensitivo, e o autor (apesar de nunca pedir, e sempre entregar) dessa vez pede gentilmente que você, que está lendo agora, escute a música "This Boy", cantada pelo sensacional James Morrison. A música se encaixa com o conteúdo, e você vai absorver muito mais se estiver ouvindo apenas.

Dito isso, espero que goste do que vai ler a seguir. Pode mudar você.


A Canção da Mudança, traduzida em palavras


É exatamente o que quero dizer. A mudança canta as vezes, e sua sonoridade é das mais limpas que você pode um dia escutar. É uma música que toca sem querer ser tocada, em que o vento é o instrumento e o músico é você. Sim, o músico que toca a canção da mudança é você. O senhor de suas idéias e dono de seu próprio destino, é apenas você.

O que quero dizer é que minha vida mudou. Eu sei que esse mundo é novo e maravilhoso, mas eu só não consigo enxergar ele agora. Um dia, quem sabe? Vai da minha vontade em assisti-lo. Os sonhos vêm e vão, com uma velocidade alucinante. Ontem você era uma criança, hoje você talvez seja um adolescente, quem sabe um adulto, e amanhã talvez você se torne uma memória. As coisas vêm e vão, essa é a lei da vida. E o lindo é tentar convencer alguém que o mundo gira sem se mover.

Eu era um garoto que gostava de brincar na hora de ir embora. Gostava de ser perfeccionista até as bordas, e gostava de sonhar ao luar. A lua me conduzia aqueles contos, não de fadas, mas em que eu era sempre o protagonista e o final feliz era uma presença confirmada no fim da história. Por que não? Afinal o sonhador sou eu.

Mas os tempos vão e um dia cantei a canção. Um dia tive que deixar isso para trás com braços abertos, não para deixar um adeus a brisa, mas para apenas sentir os acordes que o vento soava em meu coração a medida que cantava essa música linda. É tempo de deixar isso para trás. Minha vida não mais se faz um conto, e nem uma história. É apenas um verso contínuo de poesia que gosto de chamar de "A Canção Da Mudança".

Mas e agora, pra onde o vento vai me levar? Não faço a mínima idéia! Por muitas vezes quis prever meu futuro, traçar rotas, ver meus remetentes e assim me basear em destinatários. Mas não é bem assim que a mudança funciona. Ela vem sorrateira por detrás dos medos, sobe em seu orgulho e pula o muro da sua vaidade. E então ela te abate. Não de uma forma severa, ela é delicada, e última coisa que ela faz é deixar pistas de sua presença. Você só tem certeza da mudança quando ela já o visitou e foi embora. Acontece, apenas.

Algumas pessoas dormem fácil outras tem insônia. Algumas apenas deixam suas vidas à maré para serem achadas na margem. Elas não se preocupam com a quantidade de ondas que as acertaram até que cheguem em um ponto seguro. Outras, apenas se preocupam de mais. Eu me preocupo agora. Não perdi a capacidade de sonhar por conta disso, a questão é que mudei. Quem sabe se pra melhor, ou pior, não gosto de pensar por essa linha de raciocínio. Apenas, mudei.

Quem sabe a canção não tocou pra você? Talvez se você olhar agora pra sua vaidade e seu medo, você não possa flagrá-la na ponta dos pés? Te mudando e moldando tão delicada como uma bailarina, e tão arrasadora quanto um furacão. Deixe que ela tome sua vida por completo, quem sabe o que pode acontecer? Você não está disposto a prejuízos? E benefícios? Deixe ser mudado enquanto a mudança está disposta a ser tocada por você. Entre na sinfonia e escute o vento, pode ser o melhor a se fazer.

Eu? Eu deixo essa última dança pra vocês. Espero que vocês entendam o sentido dela. E espero sinceramente que vocês, meus caros amigos leitores, sejam bons músicos. É isso que desejo pra vocês. Uma vida cheia de canções da mudança.

Eu sigo cantando a minha daqui.

Rodrigues