E eu imagino a história. Em algum lugar, existe um pai que trabalha de mais e um filho dentro de casa esperando. O pai trabalha pra dar sustento, pra colocar comida na mesa. E o filho, bom, o filho brinca. Se diverte fazendo coisas de menino, e uma das coisas que menino mais faz é não concordar com as coisas.
Um dia o pai deixa o menino na escola e vai trabalhar. Um dia normal, corriqueiro, pro pai. Pro menino era um dia diferente, ele acordou sentindo algo diferente, queria contar pro pai mais não teve tempo. Não pôde perguntar mais cedo o que estava acontecendo com ele, era estranho.
Mas o mundo gira, e gira, e de vez em quando acontecem coisas inesperadas.
O menino estudava numa escola chamada Santa Rita. A escola ficava num lugar pacato da cidade, perigoso, mas era perto de onde o pai trabalhava, e era fácil o acesso.
A aula acabou mais cedo e o menino quis passar no trabalho do pai pra poder ir embora junto. E então chegou na empresa dele e mandou chamá-lo. O pai, dizendo que não tinha tempo, e recriminando a ação do filho, ordenou que voltasse pra casa de ônibus.
E, não entraremos no mérito de como, pra não descrevermos demais, mas nesse dia, ouve um acidente de ônibus. E o menino estava nele.
A aula acabou mais cedo e o menino quis passar no trabalho do pai pra poder ir embora junto. E então chegou na empresa dele e mandou chamá-lo. O pai, dizendo que não tinha tempo, e recriminando a ação do filho, ordenou que voltasse pra casa de ônibus.
E, não entraremos no mérito de como, pra não descrevermos demais, mas nesse dia, ouve um acidente de ônibus. E o menino estava nele.
E o pai caiu na maré de arrependimentos, quando foi visitar o filho no hospital, disse que foi um tolo e que devia ter esperado, coisas que a gente faria numa situação dessas. Mas o acidente em si não foi o pior, o acidente levou ao diagnóstico de leucemia, um quadro já avançado, do menino.
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